Canal Taitell
O objetivo deste artigo é informar a situação atual da Internet no Brasil, citando alguns aspectos importantes do PNBL (Plano Nacional de Banda Larga) . A Internet no Brasil é cara e de baixa qualidade, sendo que algumas operadoras chegam a cobrar preços por conexões de banda larga que são 23 vezes mais caras que nos Estados Unidos, segundo estudos do IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – Órgão ligado ao Governo Federal) . O país que é considerado uma das maiores economias do Mundo e que vai sediar a Copa do Mundo em 2014 e as Olimpíadas em 2016, dá sinais claros de que ainda não conseguiu trazer a maioria da sua população para o século 21.
As empresas pagam muito caro por conexões de baixa qualidade e muitas vezes não podem contar com um suporte técnico na hora de resolver alguns problemas. Para os usuários domésticos, a situação é bem pior, pois a maioria ainda não dispõe de Internet Banda Larga, utilizando conexões discadas cuja velocidade não passa dos 56 Kbps. Uma Internet desse tipo é absurdamente lenta e obriga o usuário a navegar de olho no relógio, pois é cobrada por minuto pela operadora de telefonia.
Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), cerca de 100 milhões de brasileiros não acessam a Internet . Para esses, enviar um e-mail ou se comunicar pelo MSN é tão difícil quanto passear de helicóptero. Nos Estados do Norte e Nordeste existem dados seguros para dizer que esses números são bem piores, uma vez que em muitas localidades, as empresas ficam a ver navios, pois só existe uma única operadora e muitas vezes ela não entrega o serviço alegando que as instalações telefônicas naquele bairro são muito antigas. Para estas regiões, utilizar soluções de voz sobre IP é uma grande aventura.
Segundo estudiosos de várias ONGs, o Brasil tem um dos piores serviços de Internet Banda Larga do Mundo porque os preços são deixados a mercê do mercado, sem nenhuma garantia ao consumidor em um cenário em que vários municípios estão sujeitos ao monopólio das Operadoras de Telefonia.
O Plano Nacional de Banda Larga está longe de cumprir as metas previstas para 2014 e mesmo porque as suas metas não atendem as necessidades da maioria dos brasileiros. Existem problemas de falta de Infraestrutura e de fiscalização sobre as empresas privadas que prestam os serviços.
Cabe a nós uma das tarefas mais difíceis que é a de cobrar os resultados por parte do Estado Brasileiro e é importante salientar que este Plano tem como princípio básico o Artigo 6º da Lei Geral de Telecomunicações, Lei nº 9.472 de 16 de julho de 1997 que estabelece que “os serviços de telecomunicações serão organizados com base no principio da livre, ampla e justa competição entre todas as prestadoras, devendo o Poder Público atuar para propiciá-la, bem como para corrigir os efeitos da competição imperfeita e reprimir as infrações da ordem econômica”.
Quero lembrar parte do Artigo 3º da nossa Constituição Federal que diz o seguinte : “Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil :
II – garantir o desenvolvimento nacional;”
Como vocês podem verificar, não faltam leis que precisam ser cumpridas e temos também o “Progresso” que está escrito em nossa bela Bandeira.
Contribuído por Paulo Jaber, Suporte Técnico na Taitell Telecom
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