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sexta-feira, setembro 02, 2011

Para teles, Anatel deveria permitir cobrança por uso pesado da Internet

Agência já vem discutindo o tema, informa o jornal Folha de S.Paulo; medida afetaria tanto usuários finais como empresas como Google e Facebook.

As operadoras de comunicação no Brasil querem que a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) permita a cobrança pelo uso intenso de suas redes de Internet, informou nesta quinta-feira (1.º/9) a Folha de S.Paulo. A medida afetaria empresas como Google, Microsoft, Apple e Facebook, cujos serviços online têm ameaçado as redes de saturação.

O jornal salienta que, hoje, as operadoras estão proibidas de cobrar a mais, tanto de usuários intensos da Internet (que fazem muitos downloads) como de empresas como as citadas, que têm conteúdos capazes de atrair milhões de usuários. A Anatel já estaria discutindo as propostas de novos modelos de negócio.

Essa discussão já existe há algum tempo em outras regiões do mundo, como a Europa. Na Espanha, por exemplo, a Telefônica chegou a afirmar, em fevereiro de 2010, que estudava a possibilidade de cobrar do Google pelo uso de sua rede de infraestrutura. Foi a primeira vez que uma grande operadora se manifestou publicamente a respeito. Também no ano passado, no Reino Unido, um executivo da Vodafone chegou a afirmar que considera justo cobrar para priorizar o tráfego de certos provedores de conteúdo.

A movimentação mais recente foi em abril de 2011, quando as empresas europeias de telecomunicações manifestaram intenção de cobrar de grandes provedores de conteúdo, como Google e BBC, pelo envio de dados por suas redes, criando assim uma espécie de "pedágio" para grandes sites.

Antigo
Nos Estados Unidos, a discussão em torno da neutralidade da rede em meados do ano passado trouxe a questão de volta à tona, mas o problema é antigo. Em 2005, o CEO da SBC, Ed Witacre, que à época estava em vias de comprar a operadora AT&T, afirmou: "Por que eles (empresas de conteúdo) podem usar meus cabos? Nesse sentido, a Internet não pode ser de graça, já que nós e as companhias de banda larga fizemos um grande investimento e quem espera usar esses cabos de graça, seja a Google, seja a Yahoo (...) é maluco".

Procurada pela Folha, a Apple não quis comentar o assunto. Já a Google afirmou que os serviços online ajudam a estimular o consumo de dados, logo não haveria por que cobrar a mais. Mas, em agosto de 2010, nos EUA, a Google e a operadora móvel Verizon divulgaram um documento no qual defendiam a neutralidade da rede, mas reconheciam a possibilidade da criação de serviços diferenciados na Internet, com priorização de tráfego.

Em um seminário realizado pela Amdocs, provedora de soluções em software para empresas de telecom, em Miami (EUA), em maio de 2011, o equilíbrio entre receita das operadoras e investimentos na rede foi um tema central. No evento, o vice-presidente da empresa, Alaistair Hanlon, apontou três alternativas de monetização: a criação de planos avançados de dados; agregação de valor à rede com serviços exclusivos; e investimento em infraestruturas de próxima geração. A Amdocs não descartou, contudo, a divisão de custos e lucros entre operadoras e provedores de conteúdo. "Apple, MIcrosoft, Google, Nokia, por mais que sejam gigantes, não podem trabalhar sozinhas", disse Hanlon.

Fonte: Portal UOL

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