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segunda-feira, setembro 12, 2011

As Redes Convergentes – NGcN (Next Generation Converged Network)

As tecnologias NGcN (Next Generation Convergence Network) ou VoIP (Voice over IP) são, nas telecomunicações, as que mais estão crescendo nos dias de hoje. Seu crescimento está ocorrendo a uma taxa muito mais elevada do que a de crescimento da telefonia móvel. Operadoras, fabricantes, gerentes, engenheiros, analistas e técnicos precisam se adaptar o mais rápido possível nesta tecnologia, mas a curva de aprendizado é bastante íngreme e requer de fato uma estratégia educacional.
Existe a necessidade de estar investindo em treinamentos com o objetivo de dar uma idéia básica da rede NGcN e seus principais componentes e também quais os principais protocolos de sinalização que se utiliza na rede NGcN ou VoIP. Trata-se de um grande desafio, uma vez que é necessário estar explicando todos os protocolos desta rede, técnicas de última geração, como por exemplo, codificação da fala, qualidade de serviços em redes IP, multicast, etc.
Tentaremos neste artigo dar uma idéia básica na definição de NGcN para um melhor entendimento e despertar o interesse dos diversos profissionais envolvidos nesta área a necessidade de estar se especializando nesta tecnologia que tanto está crescendo em nosso mercado.
NGcN: O que é?

O termo NGcN - “Next Generation Convergence Networks - Próxima Geração de Redes Convergentes” é amplo e interpretado diferentemente por vários profissionais envolvidos em negócios de telecomunicações, porém com um consenso comum: “... toda operadora precisa de uma estratégia de próxima geração de redes para sobreviver ...”.

A NGcN é a proposta de evolução das atuais redes de telecomunicações centradas em voz para redes centradas em dados. Algumas definições são descritas nesta seção e as análises mostram qual é o consenso geral para viabilidade de serviços para o cliente com a implementação de facilidades com base na Próxima Geração de Redes Convergentes – NGcN, considerando que:

Todos os envolvidos no processo (provedores de serviços, provedores de conectividade e provedores de conteúdo) estejam de acordo com as mudanças.
Exista interoperabilidade internacional entre diferentes redes para o tráfego de dados e serviços prestados.
Exista facilidade para a incorporação de novas tecnologias e serviços nas redes.

Alguns aspectos relevantes devem ser ponderados pelos diversos segmentos, conforme se apresenta a seguir.

a) Necessidades a partir dos Usuários Finais:
Serviços móveis com ampla cobertura (internacional);
Alta rentabilidade das redes;
Simplicidade na operação de serviços;
Qualidade de serviços (QoS) negociáveis e constantes em SLA’s globais;
Eficientes parcerias para bilhetagem de serviços entre as redes.

b) Necessidades dos Provedores de Serviços:
Serviço de criação de plataformas abertas e rápidas;
Eficiente capacidade de informação dos usuários sobre os serviços disponíveis;
Garantia de QoS das redes no que se refere a: transmissão, atraso, jitter, perda, prazo de reparo, segurança, bilhetagem e disponibilidade;
Capacidade de adaptar os serviços prestados de acordo com a variação de QoS ou limitação de dispositivos e/ou tecnologias de forma a atender o mercado no momento adequado.

c) Provedores de Redes terão necessidades de Real convergência para elevação da produtividade e da eficiência para a redução dos custos.

Pelos itens listados se nota imediatamente que a implementação da NGcN se faz complexa e que alguns aspectos relevantes devem ser considerados no projeto das redes NGcN:

Para permitir o desenvolvimento de novos serviços que operem de maneira eficiente e independente, deverá haver mudanças significativas nos sistemas de chaveamento e roteamento dos provedores de serviços de redes. As interfaces de redes fornecidas pelos provedores de redes deverão ser bem definidas e internacionalmente acordadas. Também a rede deverá possuir um excelente controle de seus recursos, na forma de gerências escalonadas por: QoS, SLA e CRM (Customer Relationship Management).

É difícil compor uma ação proativa para o futuro dos serviços, quando os serviços futuros não são conhecidos. Um exemplo de área que está tentando desenvolver esta ação proativa futura é a de infra-estrutura de comunicação programável. A idéia básica por trás deste conceito é de desenvolvimento de uma plataforma e uma correspondente interface aberta que poderá ser usada para programar a rede quando se implementa um novo serviço de rede. Em resumo são esforços para padronização das plataformas e aplicações de operação dos dispositivos de redes.

Os terminais móveis ficam mais sofisticados com o movimento (mobilidade) entre redes e sendo viabilizados por diferentes fabricantes. Então esta questão deverá ser resolvida por diferentes provedores na forma de parcerias (Estratégicas, Táticas e Operacionais).

O QoS deverá ser demandado pela rede e/ou alternativamente acordado entre os provedores para ser implementado por aplicações comuns entre as partes.

O mesmo serviço usado por diferentes terminais ou transmitidos sobre diferentes redes de acesso irá requerer valores de QoS diferentes.

O QoS sobre IP deverá ser valido por vários anos. Uma solução proposta é de se usar "intserv" (Internal Service) em redes de acesso e "diffserv" (Differencial Service) ou MPLS na área de distribuição e borda do "backbone" e GMPLS no core da rede.

A Convergência em redes é essencialmente limitada à camada do protocolo IP. Notando-se que a demanda dos usuários por aplicações multimídias aumenta significativamente, então temos que a infra-estrutura óptica das redes irá se expandir para fora do "core" das redes através de metro anéis indo até o ponto de acesso ou onde a necessidade por conectividade móvel exigir.

As infra-estruturas existentes (legados), os fatores econômicos, os nichos de mercados para uma tecnologia em particular, o impacto das regulamentações são fatores que devem ser levados em conta.

Contribuído por Everson Gomes, Consultor de Redes NGN/IMS Taitell Telecom


1 comentários:

Oswaldo Coca Parada jr disse...

Este artigo reflete muito a realidade em que vivemos atualmente, o perfil dos usuários está se alterando, onde eles não buscam apenas o serviço de voz para se comunicar, mas também serviços de dados e vídeo. Tendo em vista que a globalização da internet mostrou a necessidade de troca imediata de informações como arquivos, vídeo entre outros, bem como a evolução das redes sociais.

A evolução das redes realmente será complexa e os técnicos envolvidos deverão estar bem preparados e com conhecimento específico em cada função, como protocolos e controle, tanto na camada de aplicação como na camada de transporte e acesso.

Ressalto que esta evolução será mais complexa que a que ocorreu com a telefonia móvel, onde tivemos um tempo para nos acostumarmos com os protocolos e facilidades de mobilidade apenas com o serviço de voz para depois evoluirmos para a inclusão de dados. Já neste caso já teremos a incorporação de diversos serviços e integração de diversas facilidades, o que gera a necessidade de um excelente controle da rede tanto operacional quanto de disponibilidade dos serviços, que possuem parâmetros e prioridades distintas.

Particularmente no meu caso estou extremamente feliz por participar ativamente das duas evoluções.

Oswaldo Coca

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