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quinta-feira, julho 05, 2012

Offload em redes 3G

O número de dispositivos com acesso às redes móveis, como celular e tablets, vem aumentando quase que de forma exponencial no mundo todo. Podemos estimar que em breve o tráfego nas redes móveis atingirá valores inimagináveis hoje gerando a necessidade de grandes investimentos por parte das operadoras 3G.

Este crescimento acelerado gera grandes problemas para as operadoras (os provedores deste tipo de serviço).

Problemas tais como garantir o atendimento quando ocorre uma grande concentração de pessoas em um mesmo local. Fato que pode acontecer em eventos ou jogos que reúnem grandes quantidades de pessoas com seus smartphones, enviando mensagens, fotos e até vídeos. Em ocasiões assim por melhor que seja a rede haverá sobrecarga e o serviço se torna insuficiente e frustrante para o usuário.

Como expandir, então as redes móveis de forma a acompanhar este crescimento, garantindo cobertura e qualidade, sem aumentar o preço a ser cobrado por este serviço. Este é um grande desafio que deve considerar uma nova possibilidade: o offload da rede 3G/GSM.
O offload nada mais é do que desviar o tráfego da rede móvel, para outra com mais disponibilidade sempre que possível. Isso já ocorre hoje, de modo quase que imperceptível para o usuário, pois certamente quando chegamos em um ambiente coberto por uma rede Wi-Fi transferimos o acesso que temos da rede 3g para o Wi-Fi. Isto é desviamos o nosso acesso à internet da rede 3G para a rede Wi-Fi seja de forma manual ou automática. Desse modo estamos tirando trafego da rede 3G e transferindo para a rede WI-Fi fazendo assim o offload da rede 3g. 

Mas da forma como é hoje o offload não funciona, pois o processo não é fácil. Você precisa ligar o Wi-Fi, procurar a rede e se autenticar, a rede que você tem em casa é diferente do trabalho, do shopping, do aeroporto… enfim, não é um processo simples para maioria dos usuários.

Em resumo, hoje, mesmo que cobrissem a cidade toda com Wi-Fi, acabaríamos ainda usando o 3G por comodidade ou desconhecimento, e não ocorreria o offload.

Inicialmente os provedores de serviço viam o Wi-Fi como tecnologia concorrente e não como solução, já que ele usa freqüências não licenciadas. Ou seja, todos podem usá-las, o que pode causar congestionamento destas freqüências. Mas como a tecnologia sempre tem um jeito para tudo e a falta de opções sempre aguça a imaginação em 2003 foi finalizada a especificação do Wireless Internet Service Provider roming (WISPr), que visava automatizar o login em hotspots (principal fator para o funcionamento do offload). Porém nesta ocasião os problemas de interoperabilidade impediram o sucesso deste protocolo em larga escala.

Já em 2010 algumas empresas se uniram e formaram o Hotspot 2.0 Task Group no Wi-Fi Alliance, com o objetivo de criar um padrão que permitisse a autenticação e roaming em redes Wi-Fi de forma simples, como ocorre nas redes 3G.

O Hotspot 2.0 tem três itens fundamentais, ou seja, os já conhecidos WPA-Enterprise e a autenticação via EAP e o novo protocolo 802.11u.

O WPA-Enterprise e a autenticação via EAP já estão disponíveis e são usados normalmente em redes empresariais, onde a autenticação é feita através de usuário e senha.

Já o protocolo 802.11u aprovado pelo Wi-Fi Alliance em fevereiro de 2011 tem como principal idéia associar-se a um hotspot de modo transparente, como ocorre nas conexões em redes móveis. Você simplesmente liga seu celular e ele se associa à rede da sua operadora, não sendo necessário escolher a rede ou digitar usuário e senha.

O protocolo 802.11u conta com melhorias que permitem que a rede anuncie seus recursos e requerimentos permitindo que o dispositivo com Wi-Fi escolha automaticamente a rede de acordo com as suas credenciais. Desta forma se você estiver andando com seu celular pela rua e a operadora dispõe de rede Wi-Fi neste ponto seu smartphone encontra a rede, percebe que ela pede as suas credenciais e seu smartphone, já com tem estas credenciais gravadas no chip, automaticamente associa-se a esta rede, e passa a utilizá-la para o tráfego de dados descongestionando a rede 3G para o tráfego de dados.

Esta é uma maneira de tirar trafego de dados da rede 3G descongestionando-a e mesmo assim note que a rede móvel (3G) continua sendo usada para a realização das chamadas telefônicas.

Com esta nova tecnologia a operadora pode contar com banda extra para atender seus clientes, deixando-os mais satisfeitos.

Aguardem mais novidades...

Contribuído por Francisco Sanches, Diretor da Taitell Telecom

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