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quarta-feira, setembro 22, 2010

Ethevaldo Siqueira | Notícias | As redes inteligentes do século 21


As redes inteligentes do século 21


21 de setembro de 2010


Muitos profissionais de Tecnologia da Informação (TI) e telecomunicações supunham, a princípio, que as expressões Rede Inteligente e Rede de Nova Geração eram puro marketing. Eu também supunha. Até porque nomes genéricos não dizem muita coisa. Mas logo compreendi o que elas são, seu papel e seu futuro.


Neste ponto, cabem duas perguntas: o que é uma Rede de Nova Geração (em inglês, New Generation Network, daí a sigla NGN)? Que faz uma NGN?


Vamos às respostas, de forma clara e objetiva. Essas novas redes de telecomunicações, além de transmitir voz, dados e imagens, fazem coisas prodigiosas: identificam usuários, autorizam o acesso, encaminham ligações, sinalizam qualquer ocorrência ou situação anômala, orientam os clientes, detectam falhas, tarifam serviços e interligam-se com outras redes, garantindo a interoperabilidade em escala mundial.


As redes inteligentes têm muito a ver com advento da internet, porque utilizam o mesmo protocolo (IP) da web. A designação de Rede de Nova Geração (NGN) é, na realidade, muito ampla, pois se refere a diferentes tecnologias associadas. A denominação internacional de NGN é também um pouco vaga porque pode designar tanto a redes cabeadas (metálicas e de fibras ópticas) como as sem fio e ainda as redes híbridas, que combinam os dois tipos anteriores.


Não importa muito sua infraestrutura, mas duas características básicas: todas as NGNs são redes que exercem funções inteligentes e utilizam o protocolo IP.


Timeline


Lembram-se quando a rede telegráfica era uma espécie de inteligência das estradas de ferro? Sem o telégrafo, os trens não circulavam com segurança. Por analogia, poderíamos afirmar que o mundo atual precisa cada dia mais de redes inteligentes, para supervisionar estradas, ferrovias, companhias aéreas, serviços de distribuição, comércio nacional ou mundial, ou mesmo as telecomunicações. Assim nasceu a internet, a maior rede global de informação.


O ponto-chave não está na infraestrutura da rede NGN, mas em sua capacidade de oferecer novo tipo de manuseio, gerenciamento e utilização da informação para todos os players. Essas redes são, na verdade, plataformas convergentes, quer dizer, associam computadores e comunicações no mais alto grau.


Nesse sentido, as NGNs constituem uma das maiores mudanças de paradigmas em relação aos sistemas convencionais de manuseio e recuperação da informação. A partir desse novo paradigma, ocorre uma nova combinação de empresas de negócios tradicionais, associando os interesses das operadoras de telecomunicações com os de provedores de serviços e de conteúdos.


No Japão, as NGNs estão possivelmente mais avançadas do que na maioria dos outros países. Operadoras de grande porte, como a KDDI e o grupo NTT, são as mais ativas na implantação dessas novas redes. Como exemplo concreto desse avanço, as grandes operadoras aceleram a oferta de redes de fibras ópticas do tipo Fiber-to-the-Home (FTTH), por meio das quais asseguram ao usuário final acessos de centenas de megabits por segundo (Mbps).


Com essas redes, empresas de todos os portes podem usufruir não apenas de downloads de alta velocidade, mas também comunicar-se de usuário a usuário (peer-to-peer), seja via fibras ópticas seja via serviços móveis ou ambos.


Carteira eletrônica


Um dos serviços que mais se popularizam no Japão, oferecidos pelas maiores operadoras de telefonia móvel, é a carteira eletrônica, ou carteira virtual móvel (mobile wallet), lançada pioneiramente pela operadora de celular NTT-Do-Co-Mo. Com esses serviços, o celular transforma-se em meio de pagamento mais rápido e seguro do que os cartões de crédito. Passa a permitir serviços muito mais variados, rápidos e seguros de comércio eletrônico e de localização de pessoas via GPS totalmente gratuitos.


Outro serviço iniciado pela mesma operadora celular é o de vídeo de alta definição, do tipo video streaming. Com telas maiores, acoplados a laptops, os celulares podem mostrar excelentes imagens de vídeo digital. Essas redes de comunicações móveis já ultrapassaram a performance da terceira geração (3G) e podem ser consideradas de 3,5G, no jargão tecnológico. Em breve, o Japão dará o salto para a 4G.


O mundo caminha para uma combinação extraordinária, que é a união das redes sem fio da alta capacidade (de terceira ou quarta geração) com o potencial das redes de fibras ópticas, como as redes FTTH. Nasce daí um novo ambiente de integração.


De seu lado, a indústria passa a oferecer sua experiência na expansão das redes de banda larga, para atender, em especial, às grandes operadoras e aos usuários corporativos, nessa nova era das NGNs.


Internet vs. NGNs


Como todos sabem, a internet é a grande rede IP que cobre o planeta. Mas ela é, sob muitos aspectos, uma rede sem dono e sem responsáveis diretos, por ser pública e aberta.  As duas grandes vantagens que ela oferece é, de um lado, a disseminação global do protocolo IP e, de outro, seu baixo custo para os usuários. Com a expansão extraordinária da internet, o protocolo IP acabou por tornar-se um padrão mundial.


Em complemento à internet e para conferir maior segurança aos serviços corporativos e governamentais, nasceram, as NGNs. São elas que vão garantir maior confiabilidade aos serviços corporativos e de telecomunicações em geral.


Assim, um dos objetivos fundamentais das redes inteligentes é dar aquilo que a internet nem sempre é capaz de dar, isto é, mais segurança e confiabilidade às redes corporativas. Resumindo suas grandes características, as NGNs precisam atender a seis requisitos básicos, quais sejam:


*   Escalabilidade, para poder crescer continuamente;
*   Interoperabilidade, para integrar-se a todas as demais redes;
*   Adaptabilidade, para assegurar o máximo de flexibilidade e ajustar-se a todos os novos ambientes e plataformas;
*   Disponibilidade permanente, para estar presente a qualquer hora;
*   Segurança, para assegurar o máximo de confiabilidade;
*   Visibilidade, para ser perceptível em todos formatos, usos, tendências e até indicações de eventuais falhas operacionais.


Fonte: Ethevaldo Siqueira | Notícias | As redes inteligentes do século 21

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